Influenciadora Vitória Telles fala sobre maternidade, carreira musical e relação com o jogador Alex Telles

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— Meu caminho começou muito antes de qualquer título. Eu canto e componho desde criança, e esse mérito é só meu — afirma ao GLOBO.

Com músicas gravadas por nomes como Simone & Simaria, Zé Felipe e grupos de pagode, Vitória já soma uma trajetória sólida no mercado musical. Ela reconhece que a exposição trazida pelo relacionamento impulsionou sua visibilidade, mas rejeita qualquer tentativa de ser reduzida a isso.

— Tenho muito orgulho do marido que tenho, mas acredito que alguém só é reduzida a ‘ser de alguém’ quando não tem nada além disso para oferecer, e eu sei que tenho muito mais — destaca.

Aos 28 anos, mãe de uma menina de dois anos e de um bebê de sete meses, Vitória vive os desafios cotidianos de equilibrar os cuidados com a família, os projetos profissionais e o bem-estar pessoal.

— Tem dias que consigo fazer o que quero, e tem dias que não dá tempo. Quando vejo, o dia já acabou e não consegui fazer nada do que planejei — conta.

Com franqueza, fala sobre os ajustes diários que a vida materna exige: — Nós, que somos mães e esposas, temos a tendência de nos doar a tudo e a todos dentro de casa, mas também precisamos encontrar um tempo para a nossa individualidade.

A maternidade, além de realizar um desejo antigo, mudou radicalmente a percepção de si mesma e da vida ao redor.

— A maternidade nos faz enxergar além de nós mesmas. Eu sei que estarei bem quando as duas pessoinhas que dependem de mim estiverem bem. Isso acontece de forma natural, involuntária, simplesmente acontece — pontua.

Vitória reconhece que há uma espécie de divisor de águas entre o antes e o depois de construir sua família, e é justamente nesse “depois” que se sente mais inteira, conectada consigo.

Com naturalidade, Vitória transita entre diferentes esferas: da composição à criação de conteúdo digital, da moda ao estilo de vida saudável.

— A música é minha essência desde a infância. A maternidade me transformou por completo e sempre foi um sonho realizado. A moda, para mim, é arte e história. O esporte também está presente no meu dia a dia, pela vida que construí ao lado do meu marido — diz.

Apesar da presença ativa nas redes sociais, Vitória acredita que ainda há muito a revelar. — Quero me conectar cada vez mais com quem se identifica com o que compartilho — comenta, ao falar sobre seus planos de amplificar sua voz e autenticidade no ambiente digital.

Essa pluralidade também se manifesta na maneira como enxerga o autocuidado, frequentemente subestimado, especialmente quando associado ao universo feminino.

— Autocuidado não é superficial. Eu gosto de me olhar no espelho e gostar do que vejo, me sentir feliz e confiante. Não é só vaidade, é bem-estar, saúde e equilíbrio — reflete.

Para Vitória, esse olhar para si mesma é uma base essencial: — Tenho que estar bem comigo antes de estar bem para os outros.

Mesmo em um universo historicamente dominado por homens, como o do futebol, Vitória consolidou sua presença sem comprometer a individualidade.

— Estar ao lado do Alex me aproximou desse cenário, e eu aprendi a amar o esporte. Participo do que faz sentido, torço, celebro e apoio, mas sem abrir mão do que também me movimenta fora das quatro linhas — finaliza.