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Ingrid Guimarães e Mônica Martelli falam sobre filme inspirado em viagens das duas

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julho 20, 2025
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Mônica Martelli e Ingrid Guimarães filmam comédia "Minha amiga", de Susana Garcia, em Portugal — Foto: Divulgação / Desirée do Valle

Uma trajetória de amor, gargalhadas e perrengues. É o que define a amizade de três décadas entre Ingrid Guimarães e Mônica Martelli. As duas se conheceram nos bastidores de “Chico Total”, humorístico da TV Globo conduzido por Chico Anysio nos anos 1990. Já no primeiro dia, voltando da assinatura do contrato, Mônica pegou uma carona com Ingrid e precisou empurrar o carro da então futura amiga simplesmente porque… a gasolina acabou. Este foi o primeiro de muitos perrengues vividos pela dupla. Muitos deles foram registrados em Stories do Instagram ou narrados em programas como “Que história é essa, Porchat?” — o que gerou uma verdadeira legião de fãs que acompanha atentamente os passos das amigas, especialmente em suas viagens internacionais. E foi dessas confusões que nasceu “Minha amiga”, filme que estão rodando em Sevilha, na Espanha, neste momento. Na semana passada, elas gravavam em Lisboa, Portugal, de onde conversaram com O GLOBO via videoconferência para dar detalhes sobre o projeto.

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— Fomos vivendo nossa vida de maneira tão natural que não tinha outra opção senão dar num filme — lembra Ingrid, de 53 anos. — Sempre que gravávamos um vídeo, as pessoas comentavam que tínhamos que fazer um filme sobre isso. Acabamos nos olhando e falando: “A nossa vida é um filme”.

Ao longo dos anos, a dupla participou de projetos em comum, como a novela “Por amor” (1997) e o filme “Minha mãe é uma peça” (2013), mas a proximidade quase sempre foi maior fora das telas. Agora, as duas dividem cena como protagonistas pela primeira vez.

— Sempre soube que um dia a gente iria se encontrar no set e que seria mais pra frente na vida mesmo — conta Mônica, de 57 anos. — Depois que o Paulo Gustavo morreu, senti que passei por um momento em que estava rindo pouco. Me perguntei: quem me faz rir na vida? E é a Ingrid a pessoa que mais me faz rir, e isso é o que há de mais valioso. Nos divertimos juntas o tempo inteiro.

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Antes de embarcar em “Minha amiga”, Ingrid revela que chegou a pensar em fazer mais filmes sozinha após duplas de muito sucesso com Heloísa Périssé (em “Cócegas” e “Sob nova direção”) e mais recentemente com Tatá Werneck (em “Minha irmã e eu”), mas que tudo foi levando ao encontro com Mônica.

— Costumo dizer que somos da mesma enfermaria — se diverte Ingrid. — Ao longo da nossa carreira, construímos um material humano separado muito forte, mas também muito parecido. Somos mulheres mães de meninas, feministas, militantes e independentes em nossas próprias carreiras. O filme é o encontro de duas potências.

Mônica Martelli e Ingrid Guimarães filmam comédia “Minha amiga”, de Susana Garcia, em Portugal — Foto: Divulgação / Desirée do Valle

Ingrid e Mônica são do jeitinho que as pessoas veem nas redes sociais. E adoram a companhia uma da outra. No dia da entrevista, Ingrid já havia visitado o quarto da amiga três vezes para tirar dúvidas ou puxar assunto. Isso antes de saírem para uma gravação noturna de 12 horas, em que passariam boa parte do tempo juntas. Durante a conversa, de forma natural, deixam pouco espaço para perguntas pela forma apaixonada com que falam do novo projeto e da amizade entre elas. Sabendo disso, Susana Garcia, diretora do filme e irmã de Mônica, costuma deixar a câmera rodando mesmo após o fim de cada cena.

— Todos os dias, quando terminamos uma cena, a Susana deixa a câmera aberta porque sempre tem um improviso. Não paramos — conta Mônica, que comemora a chance de mostrar uma amizade feminina nas telas. — Existe essa falsa ideia que o patriarcado plantou de que mulher não é amiga de mulher. Somos a prova do contrário. Nos apoiamos a vida inteira.

Três anos mais nova que a irmã, Susana aproveita ao máximo o jeito elétrico de sua dupla de protagonistas, mas também luta para manter o foco e volta e meia precisa assumir a postura de “tia da escola”.

— A Susana fica o dia inteiro falando: “gente, concentra”. Ela nos dá um esporro de dois em dois dias. Ela fala que a nossa bronca não dura mais de um dia e meio, que sempre voltamos pro ponto de partida da fofoca, da falta de foco. — ri Mônica. — É engraçado.

Além dos encontros profissionais e interesses em comum, Ingrid atribui duas “coincidências divinas” na consolidação da amizade: engravidarem na mesma semana; e sofrerem de um “espírito zombeteria” que faz tudo dar errado nas viagens.

— Tudo nosso dá errado antes de dar certo. Sem perrengue não tem história — conta. — Criamos nossas filhas juntas da gravidez até o início da adolescência. Quando a Mônica e a Júlia se mudaram para São Paulo, foi um choque para mim e para a Clara. Com o tempo, notamos que nossas filhas começaram a se afastar. Decidimos, então fazer uma viagem juntas só nós quatro. E foi tão especial que, a pedido das meninas, decidimos fazer uma viagem por ano.

Mônica Martelli e Ingrid Guimarães filmam comédia "Minha amiga", de Susana Garcia, em Portugal — Foto: Divulgação / Desirée do Valle
Mônica Martelli e Ingrid Guimarães filmam comédia “Minha amiga”, de Susana Garcia, em Portugal — Foto: Divulgação / Desirée do Valle

Ingrid Guimarães e Mônica Martelli construíram uma trajetória de sucesso na sétima arte em projetos separados. A primeira ficou conhecida por protagonizar a trilogia “De pernas pro ar”, que levou mais de 10 milhões de pessoas entre 2010 e 2019. Já a segunda se destacou em “Os homens são de Marte… e é pra lá que eu vou” (2014) e “Minha vida em Marte” (2018), vistos por aproximadamente 7 milhões de espectadores nos cinemas. Em comum, as comédias tinham entre si o fato de apresentarem como protagonista uma mulher acima dos 40 ou 50 anos buscando se reinventar.

— Separadamente, nas nossas redes sociais e nos trabalhos, começamos a falar sobre questões de mulheres de 50 anos. Falamos sobre maternidade, menopausa — diz Ingrid. — A Mônica fala muito de uma mulher a procura do amor. Eu falo da mulher casada. E acabamos falando de uma geração.

— Somos a primeira geração a falar abertamente sobre estes temas e juntamos vários assuntos. Como é ser uma mulher solteira após os 50 anos? Eu sou uma mãe solo, separada há muito tempo. Hoje em dia eu namoro e falo que jamais me casaria novamente. Claro que ano que vem podemos fazer uma matéria falando, “gente, casei” (Risos). Mas, hoje, nunca pensaria em morar na mesma casa. Existem outras formas de se relacionar.

Com pré-estreias a partir de 26 de dezembro deste ano e estreia marcada para 1º de janeiro de 2026, “Minha amiga” conta a história de Clara (Ingrid Guimarães) e Júlia (Mônica Martelli), duas amigas inseparáveis que sofrem com a distância das filhas Isadora (Gabi Amaral) e Manu (Giulia Benite), que se mudaram para Portugal para realizar um intercâmbio. Com síndrome do ninho vazio, as duas mães decidem embargar em uma viagem para a Europa para surpreender as filhas.

Assinado por Ingrid, Mônica, Susana e Andrea Batitucci, o roteiro é inspirado em situações da vida real das protagonistas. Não por acaso, suas personagens levam os nomes de suas filhas na vida real. Clara e Júlia, inclusive, vêm ajudando as mães no desenvolvimento do projeto.

— Nossas filhas sentem que a história delas também está ali. Elas vão pro set, dão palpitem, ajudaram no roteiro dizendo o que elas falariam em determinado momento — revela Ingrid. — Elas fizeram uma participação especial no filme e estavam muito tranquilas, enquanto eu e a Mônica estávamos muito mais nervosas. Elas nos acompanham desde cedo. A Clara foi pra um set com três meses, em “De pernas pro ar” (2010).

Encerradas as filmagens em Portugal e na Espanha, “Minha amiga” terá cenas rodadas no Rio. Em agosto, Mônica volta a ficar em cartaz em São Paulo com a peça “Minha vida em Marte”. Já Ingrid se prepara para o lançamento do filme “Perrengue fashion”, com Rafa Chalub e Filipe Bragança, em outubro.

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