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Israel destrói completamente bairros na Cidade de Gaza

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setembro 26, 2025
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Palestinos deslocados seguem com seus pertences para o sul em uma estrada na área do campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad Baba/AFP

O exército israelense destruiu completamente quarteirão após quarteirão da Cidade de Gaza como parte de uma nova ofensiva terrestre no que antes era o maior centro urbano do território. A guerra Israel X Hamas, iniciada há dois anos, arrasou vastas áreas da Faixa de Gaza, incluindo a cidade de Rafah, ao sul, e a cidade de Beit Hanoun, ao norte. Mas os militares não realizaram demolições tão amplas em operações anteriores na Cidade de Gaza. Desta vez é diferente.

Embora grande parte da cidade ainda esteja de pé, imagens de satélite mostram que as forças israelenses estão destruindo áreas inteiras enquanto avançam para a Cidade de Gaza, incluindo o bairro de Zeitoun e uma área perto de Sheikh Radwan, onde os militares demoliram dezenas de estruturas neste mês.

Anteriormente, tropas israelenses avançaram pela Cidade de Gaza e depois se retiraram – apenas para retornar mais tarde para combater o que, segundo eles, seria uma nova insurgência do Hamas. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que desta vez seria diferente, pois os militares manteriam as áreas que conquistassem.

“Nós capturamos território e o mantemos. Nós o limpamos e seguimos em frente”, disse ele em uma entrevista este mês ao Canal 14, uma emissora de televisão israelense de direita. Netanyahu afirma que a ofensiva visa derrotar decisivamente o Hamas de um de seus últimos redutos na Faixa de Gaza. Mas até mesmo muitos israelenses estão céticos de que essa estratégia terá sucesso agora, já que o Hamas provou ser resiliente diante de quase dois anos de guerra devastadora.

A ofensiva terrestre israelense forçou centenas de milhares de palestinos a fugirem de suas casas na Cidade de Gaza, aglomerando-se em acampamentos de tendas cada vez maiores no centro e sul de Gaza. Isso agravou o que já era uma catástrofe humanitária na região, com fome desenfreada, deslocamento em massa e um colapso dos serviços de saúde, escolas e infraestrutura. Muitos palestinos, cansados ​​da guerra, dizem que simplesmente não podem ou não querem ser deslocados novamente, e muitos não têm casas para onde retornar.

Antes da ofensiva atual, a maioria dos prédios em Gaza estava danificada. Muitos estavam inabitáveis, mas a maioria ainda estava de pé, especialmente em direção ao centro da cidade. No início deste verão, Israel arrasou áreas ao redor da cidade, perto da fronteira israelense, destruindo todos os prédios e estruturas.

Em 8 de agosto, o governo israelense aprovou um plano para assumir o controle da Cidade de Gaza. Àquela altura, os militares já haviam arrasado grande parte da região leste da cidade.

Os militares continuaram a destruição nas periferias da cidade, transformando o bairro de Zeitoun em um deserto, embora tenham afirmado que ainda não haviam iniciado a tomada total da cidade. Desde então, ordenaram que os moradores restantes fugissem para salvar suas vidas.

Na semana passada, o exército israelense anunciou o início de sua invasão terrestre à Cidade de Gaza. Desde então, o exército destruiu uma grande área na parte norte da cidade. Ao se aproximar de Gaza, Israel usou edifícios existentes como bases, apenas para depois destruí-los com explosivos antes de prosseguir, de acordo com imagens de satélite e vídeos verificados pelo New York Times. Um vídeo mostra os militares destruindo a escola Al-Furqan na cidade, que antes era usada como posição militar.

Palestinos deslocados seguem com seus pertences para o sul em uma estrada na área do campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza — Foto: Eyad Baba/AFP

Além de realizar demolições, o exército israelense também manteve ataques aéreos na Cidade de Gaza, atingindo centenas de alvos desde meados de setembro. Em uma imagem de satélite de 18 de setembro, a mais recente imagem de alta resolução disponível pela Planet Labs, uma empresa de satélites comerciais, era possível ver menos barracas em comparação com o momento anterior ao anúncio israelense do lançamento de sua ofensiva terrestre, dois dias antes. Ainda assim, centenas de barracas eram visíveis, muitas a menos de 1,6 km de veículos militares israelenses.

Mustafa Siyam, de 44 anos, contou que finalmente fugiu do bairro de Shati, no norte da cidade, na quarta-feira, quando as forças israelenses se aproximaram e o som das explosões se tornou incessante. Ele caminhou para o sul por horas a pé com sua esposa e três filhos para chegar ao centro de Gaza. Sua casa ainda estava de pé antes da atual ofensiva israelense, mas isso pode não ser o caso quando ele retornar.

— Parece que a guerra não tem objetivo ou significado, exceto destruir o máximo possível das fundações de Gaza — disse ele.

Oficiais militares israelenses disseram a repórteres que não há uma política de arrasar bairros civis em massa. Eles afirmam que estão atacando locais usados ​​pelo Hamas, explodindo túneis subterrâneos e outros alvos militares. Mas os líderes israelenses sugeriram que isso poderia ir além.

Israel Katz, o ministro da defesa, ameaçou em agosto que a Cidade de Gaza se tornaria “como Rafah e Beit Hanoun”, duas cidades que foram quase totalmente destruídas na guerra, a menos que o Hamas depusesse as armas e libertasse os reféns restantes.

Eli Cohen, outro ministro do gabinete de segurança de alto nível, repetiu a ameaça em uma entrevista na televisão, dizendo ao Canal 14 que “a própria Cidade de Gaza deveria ser exatamente como Rafah, que transformamos em uma cidade de ruínas”.

O ministro das Finanças israelense, Bezalel Smotrich, de extrema direita, disse na semana passada que a Faixa de Gaza é uma potencial “mina de ouro” imobiliária e que está em negociações com os Estados Unidos sobre como dividir o enclave costeiro após a guerra.

— Pagamos muito dinheiro por esta guerra. Precisamos ver como vamos dividir a terra em porcentagens. A demolição, a primeira etapa da renovação da cidade já foi feita. Agora precisamos construir — afirmou Smotrich. — Há um plano de negócios, elaborado pelas pessoas mais profissionais daqui, que está na mesa do presidente [dos EUA, Donald] Trump.

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