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má relação com Trump destoa do histórico de Lula com presidentes americanos

BRCOM by BRCOM
julho 13, 2025
in News
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Joe Biden e Lula — Foto: Ricardo Stuckert/PR

Depois de manter relações próximas com os presidentes americanos George W. Bush e Barack Obama nos dois primeiros mandatos e uma boa convivência com Joe Biden até janeiro deste ano, Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta uma crise diplomática inédita com os Estados Unidos. Sem pontes para o diálogo com o atual ocupante da Casa Branca, Donald Trump, o petista calcula os próximos passos para reagir ao anúncio de 50% de sobretaxa a produtos brasileiros. Em governos anteriores, Lula chegou a ser recebido pelo republicano Bush no Salão Oval e foi chamado de “o cara” pelo democrata Obama.

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Já Biden foi recebido na Amazônia por Lula em um encontro cercado de expectativa, em uma das últimas agendas do americano no poder. Ambos também trabalharam em 2023 de forma estreita em temas como condições de trabalho e meio ambiente.

Com Trump, alinhado a Jair Bolsonaro, a relação agora é de confronto. Trump e Lula nunca se falaram — e até agora ambos dão indicativos de que não vão dar o primeiro passo para iniciar um diálogo.

Hoje, não há mais diplomacia presidencial e os poucos contatos ocorrem em baixos escalões, para dar continuidade a pontos da densa agenda bilateral.

Durante a semana, o presidente americano fez um movimento inédito na história das relações bilaterais ao anunciar o tarifaço: interferiu em assuntos internos no Brasil, ao defender Bolsonaro e atacar o Judiciário brasileiro.

A situação só poderia ser comparada ao embate entre o então presidente Jimmy Carter, em 1976, e a ditadura militar. Quando se elegeu, Carter definiu, entre suas prioridades, a defesa dos direitos humanos e o desarmamento nuclear, temas espinhosos para o presidente Ernesto Geisel.

Os militares negavam que havia tortura e censura de imprensa no Brasil e pretendiam explorar a energia nuclear. As relações, que já não eram boas, ficaram ainda piores. O desgaste começou antes, quando Geisel apoiou o adversário de Carter na eleição.

A torcida de Lula pela democrata Kamala Harris, que era vice-presidente de Joe Biden e disputava a Casa Branca com Trump, em 2023, pode ter contribuído para a péssima relação entre os dois. No entanto, o presidente americano já falou com líderes de outros países que apoiaram Kamala.

Joe Biden e Lula — Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ex-embaixador do Brasil em Washington, Rubens Barbosa afirma que, enquanto a oposição ia aos EUA para atacar Lula e o Judiciário brasileiro, com foco no ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o governo brasileiro não se preocupou em enviar pessoas para desmentir as versões propagadas pelos bolsonaristas.

— Nunca houve uma situação em que o governo brasileiro não tem canais de comunicação com o governo americano — diz o diplomata.

Professor de política internacional do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Dawisson Belém Lopes ressalta que as relações começaram a piorar ainda no governo Michel Temer, quando Trump tomou posse no seu primeiro mandato. Brasil e Estados Unidos pararam de convergir em várias áreas e começaram a votar de maneira menos convergente na ONU.

A percepção entre integrantes do governo brasileiro é que as relações entre Lula e Trump tendem a piorar ainda mais em 2026, ano de eleição.

Cientista político da Fundação Getulio Vargas, Guilherme Casarões afirma que as relações normalmente foram de cordialidade e amizade. Esse padrão foi rompido duas vezes nos últimos anos: entre Bolsonaro e Biden e entre Lula e Trump:

— Em ambos os casos, o que explica não são somente as divergências ideológicas, que já vimos no passado, mas sem grandes intercorrências. O que parece explicá-los é o modus operandi da extrema direita populista, que personaliza a política externa às custas do interesse nacional.

Roberto Goulart Menezes, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, lembra uma outra crise, no governo Dilma Rousseff, com o presidente Barack Obama, causada por um incidente diplomático. Foi descoberto um esquema de espionagem pela inteligência americana que atingia autoridades brasileiras, incluindo Dilma.

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