Suas filhas pareciam animadas e felizes quando embarcaram em uma grande caminhonete branca na sexta-feira (4) à noite, em frente a uma escola primária usada como centro de reunificação para pais cujos filhos foram resgatados de um acampamento atingido pelas águas da enchente no Texas. Mas a mãe delas, Serena Hanor Aldrich, alertou que não havia como prever como eles seriam afetados pela tragédia envolvendo o “Camp Mystic”, um retiro cristão no centro do estado americano.
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Aldrich, advogada da cidade de San Antonio, disse que suas duas filhas, de 9 e 12 anos, não falaram muito sobre o que enfrentaram e que não queria pressioná-las ainda. Mas ela teve algumas palavras bem escolhidas para as pessoas que administravam o acampamento, onde 27 crianças seguem desaparecidas, segundo último comunicado oficial das autoridades locais, na noite deste sábado (5).
— Eles deveriam ter observado a Divisão de Gerenciamento de Emergências do Texas e o Condado de Kerr — disse ela, referindo-se às autoridades que vinham alertando sobre possíveis enchentes repentinas. — Eles estavam postando material ontem de manhã. Deviam ter tomado providências.
A filha mais velha de Aldrich estava em uma parte do acampamento chamada “Senior Hill”, e a filha mais nova, em uma parte que ela chamava de “flats”, quando os campistas e um monitor foram forçados a encontrar um lugar mais alto para escapar da elevação das águas que inundavam os acampamentos.
— Elas desceram quando a água baixou e então chegaram a um dos prédios que não estava mais inundado. Ficaram lá em cima por algumas horas — contou a mãe.
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As meninas foram finalmente levadas de ônibus para outro acampamento e depois levadas para o centro de reunificação de uma escola primária em Ingram. Aldrich disse que foi notificada de que suas duas filhas foram localizadas na sexta-feira, mas estava desesperada para vê-las pessoalmente. Suas boas notícias foram amenizadas pela incerteza ao seu redor.
— Ainda há campistas desaparecidos — disse ela.
Ao se afastar do abrigo, sua filha mais velha lhe disse que todas as suas coisas estão “enlameadas”.
— Eu disse a ela: “Ah, não me importo” — contou.