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mãe de Juliana Marins quebra silêncio e demonstra indignação pela morte da filha na Indonésia

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junho 30, 2025
in News
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Trilha da praia do Sossego; Juliana Marins — Foto: Fabiano Rocha; Reprodução/ Instagram
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Manoel Martins, pai da jovem, relatou que o guia que estava com os viajantes na trilha se afastou para fumar, quando deixou sua filha para trás. E detalhou as vagarosas decisões do guia, do responsável pelo parque nacional e pela equipe de resgate Basarnas.

— Juliana falou: “Estou cansada”. E ele falou: “Senta ali. Fica sentada”. E o guia nos disse que ele se afastou por cinco a dez minutos de onde Juliana estava para fumar. Para Fumar! Depois desses cinco a dez minutos de caminhada, dessa meia hora fumando, ele voltou. Quando voltou, não encontrou a Juliana. Isso foi por volta de 4h da manhã. Quando ele avistou Juliana, eram 6h08 da manhã.

Trilha da praia do Sossego; Juliana Marins — Foto: Fabiano Rocha; Reprodução/ Instagram

A brigada começou a subir o monte por volta de 8h30 da manhã do dia 21 de junho. O trajeto até o local do acidente tinha cerca de seis horas de duração. Às 14h, a brigada chegou ao local onde estava Juliana.

Manoel Marins afirmou, durante a entrevista:

— O único equipamento que eles tinham era uma corda (…) Jogaram a corda na direção da Juliana. Fizeram uma segunda tentativa: o guia, no desespero, amarrou a corda na cintura. Ele tentou descer com essa corda amarrada na cintura sem ancorar a corda.

Após as malsucedidas tentativas de resgate, a administração do parque foi informada que o caso tinha complexidades. Seria preciso, então, acionar o Basarnas, a defesa civil local, cuja sede fica a duas horas do Monte Rinjani.

A equipe dos Basarnas chegou ao local no dia 21 de junho às 19h, horário indonésio. Juliana não estava no trecho esperado. No dia seguinte, domingo (22), o resgate foi interrompido devido ao mau tempo. O corpo de Juliana foi encontrado no dia 23, segunda-feira.

Mariana Marins, irmã, contou que a família irá à Justiça. Para Manoel, empresas e guias devem ser responsabilizados.

— Os culpados, no meu entendimento, são: o guia, que deixou a Juliana para fumar; a empresa que vende os passeios, eles são vendidos em banquinhas! Mas o primeiro é o coordenador do parque, que demorou a acionar a defesa civil. Em momento algum reconheceu o erro nem pediu perdão para nós — disse o pai.

Em meio à dor, a família enfrenta dificuldade no processo de repatriação do corpo. A falta de previsão seria devido a alterações no voo que traria o corpo até o Galeão na noite de ontem.

Mariana Marins usou as redes sociais para cobrar a companhia aérea Emirates pelo atraso no traslado. De acordo com a irmã de Juliana, os restos mortais não foram embarcados sob a alegação de superlotação no bagageiro.

— O voo que traria Juliana já estava confirmado, estando tudo pago e acertado, sairia de Bali no domingo, às 19h45. Porém, misteriosamente, o bagageiro ficou “lotado”, e a Emirates disse que só traria Juliana em outro voo se fosse até São Paulo. Que não se responsabilizaria pela chegada dela ao Rio. Está muito difícil — lamentou Mariana Marins, ao GLOBO.

A empresa informou que apura o caso.

A autópsia no corpo de Juliana, feita no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, na Indonésia, concluiu que a causa da morte foi trauma, com fraturas, lesões em órgãos internos e hemorragia intensa. De acordo com o médico legista Ida Bagus Alit, responsável pelo procedimento, a morte ocorreu 20 minutos após o trauma, mas ainda não está claro qual das quedas foi fatal.

Angustiada com a passagem do tempo, Mariana começa a ter desconfianças:

— Parece proposital, já que o embalsamamento tem apenas alguns dias de validade. O medo é que, em nova autópsia, descubramos mais coisas.

Juliana caiu em uma ribanceira na noite do dia 20, uma sexta-feira, e foi vista viva por drones algumas horas depois, a cerca de 300 metros abaixo da trilha. Após quatro dias de buscas interrompidas pelo mau tempo, o corpo da publicitária foi encontrado sem vida a cerca de 600 metros do ponto da queda.

No sábado, o governador Lalu Muhamad Iqbal, que comanda a província de Sonda Ocidental, onde fica o vulcão Rinjani, publicou uma carta aberta. O conteúdo foi compartilhado no Instagram. Na gravação, ele atribuiu as dificuldades de resgate às “forças da natureza”, culpando as chuvas persistentes e uma névoa pela demora, mas admitiu não existir estrutura adequada para situações do tipo na região.

— Estamos profundamente abalados por essa tragédia — disse o governador indonésio.

No comunicado, o representante do governo admitiu que a equipe tem menos agentes do que seria preciso para para salvamentos verticais.

Cercado pela repercussão da morte da viajante, ele afirmou ainda que o governo adotará medidas para melhorar a capacidade de reação a ocorrências:

— A infraestrutura de segurança precisa ser aprimorada, já que essa montanha deixou de ser apenas um destino de trilha para se tornar uma atração turística internacional (…) Estou comprometido, como governador, a iniciar uma revisão abrangente com todos os envolvidos na região do Rinjani.

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