Durante uma viagem de trabalho a Paris, Lore Improta aproveitou alguns dias de folga para visitar a Disneyland local e compartilhar os momentos com os seguidores. O que seria apenas um tempo de lazer acabou gerando uma série de críticas nas redes sociais, muitas delas questionando o fato de a influenciadora não ter levado a filha, Liz, de 3 anos, fruto do relacionamento com o cantor Léo Santana.
- Jennifer Aniston diz que nunca teve vontade de adotar: ‘Queria ver meu DNA em uma pessoinha’
- Gesto de príncipe Harry com Meghan Markle em evento viraliza nas redes: ‘Ela nem se mexe’
Lore esclareceu que a menina ficou no Brasil, bem amparada pelo pai e pelos avós, e ressaltou que a viagem tinha caráter profissional. Em seus stories, desabafou: “Preciso do meu tempo, viu, minha galera. Sempre que puder, vou viajar sozinha, com o Léo ou com a família toda. Isso me faz bem e me recarrega.”
O episódio reacendeu uma discussão importante: por que ainda é tão difícil para muita gente aceitar que mães também precisam de tempo para si? Para a neurocientista e especialista em desenvolvimento infantil Telma Abrahão, o julgamento enfrentado por muitas mães ao buscarem momentos de descanso ou prazer individual reflete crenças antigas que vinculam a maternidade à renúncia total.
“Eu vejo tantas mães sendo julgadas por fazer algo que é essencial: cuidar de si mesmas. A maternidade é uma fase linda e transformadora da nossa vida, mas não é a única. Nós também somos mulheres, profissionais, amigas, esposas, filhas… e precisamos nutrir todas essas partes para permanecermos inteiras”, afirma.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2025/h/D/5FKcrZR9Kmi12ccBAonQ/e-um-cliche-danado-falar-isso-mas-o-tempo-passa-muito-rapido.-o-que-deixa-meu-coracao-quentinho.jpg)
Telma destaca que esse equilíbrio é crucial tanto para a saúde mental da mãe quanto para o desenvolvimento emocional dos filhos: “Quando uma mãe se permite viver outros papéis, viajar, estudar, trabalhar ou simplesmente descansar, ela ensina aos filhos, pelo exemplo, que o amor não está em abrir mão de si, mas em se cuidar para amar com mais presença e qualidade.”
A especialista reforça ainda o significado simbólico do gesto de Lore para todas as mulheres. “O que a Lore fez é importante, não só para ela, mas para todas nós. Porque cada vez que uma mãe escolhe cuidar de si, ela quebra um pedacinho da crença de que ser mãe é se anular. E isso é libertador, para nós e para nossos filhos”, conclui.