Três homens suspeitos de envolvimento na morte do inspetor da Polícia Civil Carlos José Queiroz Viana, de 59 anos, executado com 12 tiros, nesta segunda-feira, em Piratininga, no município de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, deverão ser submetidos a uma audiência de custódia, nesta quarta-feira, em Benfica, na Zona Norte do Rio. A previsão é a de que as prisões em flagrante de Mayck Junior Pfister Pedro e dos policiais militares Felipe Ramos Noronha, lotado no 15º BPM (Caxias), e Fábio de Oliveira Ramos, do 3º BPM (Méier), sejam validadas ou não por um juiz.
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Na ocasião, o magistrado também decidirá se o trio responderá pelo crime em liberdade ou se continuará preso. Neste último caso, o juízo poderá ou não converter as prisões em flagrante em prisões preventivas. Os três foram presos horas após o assassinato, em Xerém, no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, com um Jeep Compass roubado.
No interior do veículo, foram encontradas três armas, entre elas duas pistolas de calibres diferentes. O armamento é do mesmo tipo do que foi utilizado por criminosos para matar o policial civil. A prisão aconteceu próximo ao local em que um Ônix branco clonado, usado no crime, foi incendiado e abandonado em uma estrada de terra.
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Imagens obtidas pela Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI) também mostram os dois carros seguindo um mesmo trajeto, em Duque de Caxias. A especializada investiga se o caso está ligado à contravenção, à máfia de cigarros ou ao trabalho do policial. E se os presos integram uma organização criminosa especializada em executar assassinatos.
— Uma série de fatores nos levam a concluir inicialmente que se trata de uma organização criminosa voltada para, entre outras coisas, a prática de homicídios. Por ser na região de Caxias, tem uma série de coisas que a gente consegue posicionar para suspeitar da participação da contravenção ou da máfia do cigarro, ou ambas. Então, tudo isso tem de ser levado em consideração — disse o delegado Willians Batista, da DHNSG.
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A polícia descobriu que a vítima vinha sendo seguida nos últimos dias. Os três suspeitos foram presos quando fugiam em um Jeep Compass roubado do local onde o Ônix branco usado no crime estava sendo queimado. O carro foi identificado pelas câmeras de segurança do Centro Integrado de Segurança Pública de Niterói e acompanhando pelas imagens até a entrada da Ponte Rio-Niterói. Depois, as polícias Civil e Rodoviária Federal (PRF) foram acionadas para monitorar o veículo.
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Com os detidos, foram apreendidas três armas, que serão submetidas a exame de confronto balístico com os projéteis retirados do corpo da vítima. Dentro do Jeep, os policiais encontraram os celulares dos presos e um saco onde estavam placas de carros — inclusive a do Ônix branco — e uma pedra.
— Tudo indica que, logo após sair daquele lugar, eles se livrariam dessas placas, possivelmente jogando em algum rio. Felizmente a gente conseguiu abordá-los antes — disse Willians Batista.
O inspetor Viana era lotado 29ª DP (Madureira). Ele deverá ser sepultado, nesta terça-feira, no Cemitério Parque da Colina, em Niterói.