O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente informações sobre a escolta realizada durante a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao hospital, no domingo. Moraes que saber o motivo de Bolsonaro não ter sido transportado de volta de forma “imediata” após ter sido liberado. 

Em despacho desta segunda-feira, Moraes ordenou a apresentação de um “relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”.

Bolsonaro está em prisão domiciliar, mas foi autorizado por Moraes a realizar procedimentos na pela no domingo. Foi a primeira vez que ele deixou sua casa após ser condenado pelo STF e 27 anos e três meses de prisão por uma tentativa de golpe de Estado.

Ele chegou à unidade de saúde por volta das 8h, sob forte escolta policial, e deixou o local às 13h50, quando foi levado de volta para sua casa. O boletim médico divulgado logo após a alta apontou quadro de “anemia” e a tomografia mostrou imagem residual de uma pneumonia recente.

Após receber alta, Bolsonaro saiu do hospital pela porta da frente acompanhado de dois dos seus filhos, os vereadores Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e Jair Renan Bolsonaro (PL-SC).

Antes de entrar no carro que o levaria de volta para casa, ficou em pé por cerca de cinco minutos enquanto apoiadores entoavam gritos de apoio, como “volta Bolsonaro” e “anistia já”. Eles também cantaram o Hino nacional. Com um semblante sério, cumprimentou com a cabeça alguns policiais que faziam parte da escolta, mas não falou nada aos apoiadores.

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