Após 14 anos do assassinato do bicheiro José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, o Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio (MPRJ) cumpriu três mandados de busca e apreensão contra uma mulher suspeita do crime. Zé Personal era genro de Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, e marido de Shanna Garcia. Após a morte do sogro, ele havia assumido o controle das máquinas de caça-níqueis numa das áreas mais rentáveis da contravenção, que era a Zona Sul.
- Caso João Marquini: Juíza recorrerá à Comissão Interamericana de Direitos Humanos por lei de combate ao ‘narcoterrorismo’ no Brasil
Zé Personal foi executado dentro de um centro espírita, na Praça Seca, na Zona Oeste do Rio, por três homens encapuzados. Ele estava acompanhado de Josemar Soares de Oliveira, que também foi morto. Só o pai de santo, com quem o genro de Maninho conversava na hora do ataque, foi poupado.
O ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais, Adriano Magalhães da Nóbrega chegou a ser investigado como o principal suspeito da execução. O capitão Adriano, como era conhecido, foi morto em fevereiro de 2020, no interior da Bahia, em susposto confronto com policiais daquele estado. O militar comandava o Escritório do Crime, um grupo de matadores de aluguel.
Segundo o Gaeco do MPRJ, a investigada, cujos mandados de busca foram efetuados na manhã desta segunda-feira, atuaria no levantamento de informações de vítimas para o Escritório do Crime. As investigações indicam a participação de Adriano e Luiz Carlos Felipe Martins, o Orelha, a mando de Bernardo Bello Pimentel Barboza, bicheiro que está foragido há dois anos.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/P/w/G6cAAJQ0iNBuZdMrGJQA/97230753.jpg)
Também foi identificado o vínculo entre a investigada e Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, outro integrante do grupo criminoso, com base nas informações compartilhadas pelo Núcleo de Cooperação Internacional da Polícia Federal (NCI/SR/PF) e de cruzamento de dados realizado pela Divisão Especial de Inteligência Cibernética da CSI/MPRJ.
Os mandados, expedidos pela 2ª Vara Criminal da Comarca da Capital a pedido do Gaeco, foram cumpridos em endereços localizados nos bairros de Marechal Hermes e Quintino Bocaiúva.
