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‘O povo nem sabe o que é anistia, vai pesar em 2026 se a vida está melhor ou não com Lula’, diz Duda Lima 

BRCOM by BRCOM
abril 30, 2025
in News
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'O povo nem sabe o que é anistia, vai pesar em 2026 se a vida está melhor ou não com Lula', diz Duda Lima 

Bom dia, boa tarde, boa noite, a depender da hora em que você abriu esse e-mail. Sou o editor de Política e Brasil do GLOBO, e nessa newsletter você encontra análises, bastidores e conteúdos relevantes do noticiário político.

Ele venceu a eleição para a prefeitura de São Paulo com Ricardo Nunes em meio ao furacão Pablo Marçal e coordenou a campanha de Jair Bolsonaro contra Lula em 2022. O publicitário Duda Lima é o último entrevistado da série da newsletter com os principais estrategistas políticos e donos de institutos de pesquisa do Brasil.

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Desde janeiro, foram 12 conversas sobre as eleições de 2026: estiveram conosco Sidônio Palmeira, João Santana, Renato Pereira, Paulo Vasconcelos, Pablo Nobel, Marcello Faulhaber, Chico Mendez, Marcos Carvalho, Felipe Nunes, Maurício Moura e Renato Meirelles. Estamos falando de profissionais que estiveram envolvidos nos últimos 20 anos em campanhas presidenciais, e aos governos de Rio de Janeiro e São Paulo.

Você pode ler todas as entrevistas abaixo:

  • ‘Eleição de 2026 será de mudança’: A entrevista com Renato Pereira
  • ‘Economia e direita esfacelada tornam Lula favorito para 2026′: A entrevista com Marcello Faulhaber
  • ‘Fenômeno global de dificuldade de reeleição de governantes impacta Brasil e Lula para 2026’: A entrevista com Maurício Moura
  • ‘Direita não se resume a Bolsonaro, mas vaidade vai levá-lo a manter a candidatura a presidente até o fim’: A entrevista com Marcos Carvalho
  • ‘O bolsonarismo vai precisar de Tarcísio candidato a presidente em 2026’: A entrevista com Paulo Vasconcelos
  • ‘A crise de 2025 é mais difícil que a de 2005 para Lula’: A entrevista com João Santana
  • ‘Tarcísio vai esperar Bolsonaro até 31 de março de 2026 e Michelle é ótimo nome para vice’: A entrevista com Pablo Nobel
  • ‘Lula prometeu um Frente Ampla, mas entregou uma Frente Janja’: A entrevista de Chico Mendez
  • ‘Lula é favorito para 2026 e quem defender anistia será rejeitado’: A entrevista com Renato Meirelles
  • ‘Faltou ao governo Lula comunicar a herança que encontrou’: A entrevista com Sidônio Palmeira
  • ‘PT perderá entre os evangélicos em 2026, e só há 10% do eleitorado em disputa’: A entrevista com Felipe Nunes

Antes de dar a entrevista, Duda Lima me pediu para conversar com Valdemar Costa Neto. Diz ele que não dá nenhum passo sem o seu consentimento. Liguei para o presidente do PL, que autorizou a entrevista rapidamente. Este é o novo Valdemar dos últimos anos, muito mais aberto a falar com a imprensa do que nos tempos do Mensalão.

Abaixo, os principais trechos do bate-papo.

Foram 11 entrevistas antes da sua, algumas cravando que Lula é favorito para vencer em 2026, outras falando o oposto, que a maior chance é de derrota do presidente. Qual a sua opinião?

Se fosse hoje, não sei quem iria ganhar, mas sei que o Lula perderia. No entanto, tudo é daqui a um ano apenas. Vai que aparece um Roberto Jefferson jogando uma granada de novo, ou uma Carla Zambelli armada perseguindo uma pessoa na rua. Foram os motivos que fizeram Bolsonaro ser derrotado em 2022. Pelas minhas pesquisas, ele chegou a virar a eleição no segundo turno, mas, depois do episódio do Jefferson, perdeu quatro pontos percentuais entre as mulheres. O próprio Pablo Marçal, que tive que lidar em São Paulo, quem poderia imaginar ele um ano antes? Eu penso sempre no imponderável em campanhas eleitorais.

O fato de Bolsonaro demorar a escolher o seu candidato não atrapalha a direita e torna tudo ainda mais imprevisível?

Não acho que faça diferença falar disso esse ano. Fará diferença em 31 de março de 2026, quando Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Romeu Zema e Ratinho Júnior terão que decidir sobre a desincompatibilização dos seus cargos.

Para Tarcísio, vale arriscar uma eleição ganha em São Paulo para entrar em uma difícil disputa pelo Planalto contra Lula?

Rapaz, não dá para fazer uma limonada sem quebrar os ovos (risos). Entrou na corrida, vai lá, meu filho, pode ganhar ou perder. É do game. Tarcísio é extremamente qualificado para ser competitivo.

Aliados mais radicais do presidente consideram que indicá-lo faria Bolsonaro perder a liderança na direita…

Não concordo. Isso não aconteceu com o Lula depois de duas eleições da ex-presidente Dilma (Rousseff). Bolsonaro será sempre lembrado por uma geração. É gigante tudo o que ele representa e todo o significado para os valores conservadores. Nada disso vai acabar de uma hora para outra.

Depois de perder a reeleição, o ex-presidente foi derrotado em várias disputas municipais no ano passado e cada vez coloca menos gente nas ruas para manifestações. Não são reflexos da menor relevância dele?

Não concordo novamente. Essa transferência não costuma acontecer em eleições municipais. A população quer saber do prefeito se vai ter merenda na escola das crianças, não quem apoia o candidato. Sobre as ruas, espere chegar o ano que vem. A energia vai voltar de novo. Eu ficava impressionado com o Bolsonaro. Lembra aquela vez que foi um monte de gente para Brasília no 7 de setembro comemorar o Dia da Independência? O cara puxou o coro de “imbrochável” e, mesmo assim, as pessoas saíram de lá felizes da vida por serem brasileiros. Bolsonaro tem um monte de defeitos, mas representa uma causa para as pessoas.

Mas, diante da rejeição a Bolsonaro, concorda que se ele inventar de apoiar um familiar como o filho, Eduardo, ou a mulher, Michelle, terá mais dificuldades?

Trará uma rejeição maior, sim, mas provavelmente uma transferência direta mais efetiva no ponto de partida de uma campanha. Teria em torno de 25% de intenções de votos e 40% de rejeição no começo da disputa. Quem é o dono do voto é o Bolsonaro, e o candidato que ele apoiar terá vantagem inicial de ir para um segundo turno. Agora, é claro que depois que começa o processo eleitoral, um candidato pode falar uma besteira e mudar tudo…

Afinal, quem Bolsonaro vai escolher como candidato, na sua opinião?

Vamos tentar acertar os números da Mega-Sena? Talvez seja mais fácil. Eu já desisti de querer saber o que esse cara vai fazer.

Nos últimos meses, a direita vem defendendo a anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro, tema que Renato Meirelles, do Instituto Locomotiva, considera que pode tirar votos de candidatos no ano que vem. Não é um erro encampar essa pauta impopular?

Respeito o Renato, mas o povo nem sabe o que é anistia. Vejo esses números divulgados para dar a sensação de que as pessoas não querem a anistia, mas quantas pessoas realmente entendem do que estão falando? Imagina o seguinte: um candidato que é a favor da anistia, mas que vai trazer 50 milhões de empregos para o Brasil. Na boa, dane-se a anistia, as pessoas querem trabalho, querem saber o que vem pela frente no futuro, e não de olhar para o passado.

O que Meirelles quer dizer é que pode ser bem sucedida uma campanha de esquerda que explica para as pessoas que anistia significa inocentar Bolsonaro das acusações de tentativa de golpe…

Se as pessoas entenderem que isso significa tirar Bolsonaro da cadeia e passar pano para todo mundo, pode complicar, sim. Mas quem disse que será entendido dessa forma? Em uma campanha, dá para comparar, por exemplo, as acusações de corrupção que o Lula e o Fernando Collor receberam e as que pesam sobre o Bolsonaro. Em 2024, cansei de ver pesquisas que diziam que 60% dos eleitores paulistanos não votariam em um candidato apoiado pelo Bolsonaro. Então era só dizer que o Nunes era apoiado pelo ex-presidente, certo? Foi o que os candidatos mais fizeram. E, mesmo assim, vencemos. Não é assim que funciona.

O 8 de Janeiro foi tentativa de golpe para o senhor?

Não cabe a mim opinar, mas, pelas pesquisas que vejo, só uma minoria da população acredita nisso.

Por que a popularidade do Lula piorou em dois anos?

Percebo que Lula e o PT não se prepararam para os quatro anos. Ele, seguro, autoconfiante e muito competente, acreditou que não precisava de programa de governo, que bastava gerenciar de acordo com experiências passadas. E ocorre que parte delas não funciona mais. Não dá para administrar igual a 2004. Além disso, ele venceu a eleição e encontrou um país dividido de um jeito que nunca lidou. O 8 de Janeiro acabou dando um fôlego, teve esse papo de “foi golpe, não foi golpe” que já fizemos aqui, mas eles do governo deixaram de se cobrar sobre o que fariam. Teve uma hora que o povo ficou de saco cheio disso.

Antes a oposição falava muito da agenda de costumes, mas agora aprendeu a tratar mais de economia e complicou a vida do governo?

A direita tem hoje capacidade maior de entender o que as pessoas estão sentindo e falando. Foi natural olharem mais para a economia. Estão detectando que o povo está pê da vida com o preço do ovo e do feijão. Valdemar (Costa Neto, presidente do PL) me pediu para colocar aqui nessa entrevista um slogan para esse governo: “Inflação para todos”. Há ainda outra questão a destacar na comunicação da direita. A coordenação dos argumentos. Uma oposição inteligente agrega seguidores para propagar uma única narrativa. Isso faz uma confusão na cabeça do Lula e da esquerda.

Às vezes essa comunicação coordenada propaga mentiras como no caso do Pix, não é mesmo?

É muito subjetivo. De fato, o decreto não dizia que ia taxar as pessoas. Mas também não dizia que não ia taxar. E esse foi um governo que falou que não iria taxar as blusinhas também… É fake news isso? Há uma dificuldade de entendimento de uma nova visão do Estado que está crescendo, inclusive de quem ainda depende dele. Se pergunto para uma senhora se ela quer que o Bolsa Família continue, ela diz que “sim”. Mas se questiono se ela quer que o filho receba, ela responde “não”. A narrativa “sou preto, meu bisavô foi escravo, somos coitados e precisamos de ajuda do governo” está mudando. Agora é: “Sou preto, meu bisavô foi escravo, mas não vou passar por essa injustiça que ele passou. Eu mesmo vou romper com essa realidade”.

Está falando isso, mas Bolsonaro em 2022 aumentou o Bolsa Família e outros programas sociais na lógica de ganhar a eleição…

Claro, isso é política, e provavelmente Lula vai fazer o mesmo. Só estou dizendo que esse público de “coitadinhos” está em queda. Há um outro fator aí que é o do crescimento dos evangélicos, um segmento que busca prosperidade sem a ajuda do governo. Lula não tem sintonia com esse eleitor, o discurso não se encaixa. Por isso, o PT segue focando no eleitorado de 1 a 2 salários mínimos, mas com o preço da comida em alta a situação fica difícil. E enxergo outra faixa de público em que o governo terá problemas em 2026.

Aqueles acima de 60 anos. Roubaram os aposentados nesse escândalo do INSS. Anota aí: Lula vai sangrar nesse público.

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  • Crivella quer ser candidato ao Senado e embola ainda mais a corrida na direita do Rio. A Igreja Universal vai deixar desta vez?
      • ‘O povo nem sabe o que é anistia, vai pesar em 2026 se a vida está melhor ou não com Lula’, diz Duda Lima 

Crivella quer ser candidato ao Senado e embola ainda mais a corrida na direita do Rio. A Igreja Universal vai deixar desta vez?

O deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos) vem sinalizando a aliados que quer ser candidato ao Senado, e a intenção pode embolar ainda mais a corrida na direita pelas duas vagas em disputa no ano que vem. Chegarão ao fim do mandato Flávio Bolsonaro (PL), que pelas pesquisas divulgadas recentemente é favorito para se reeleger, e Carlos Portinho (PL), ex-suplente do senador Arolde de Oliveira, morto em 2020 após complicações causadas pela Covid-19. Neste momento, Portinho aguarda o governador Cláudio Castro decidir o futuro (se virá candidato ao Senado, buscará a Câmara dos Deputados ou ficará no cargo até o fim do mandato).

Contra Portinho ou Castro, Crivella acha que tem chances de virar a opção de segundo voto do eleitor de Flávio Bolsonaro. O alinhamento com o ex-presidente Jair Bolsonaro ao longo da pandemia e as alianças nas últimas eleições fazem com que o parlamentar considere que tem apelo entre o eleitor de direita. O que falta agora a Crivella é garantir o apoio dentro da igreja Universal do Reino de Deus, comandada pelo seu tio, o bispo Edir Macedo.

Em 2022, Crivella também quis ser candidato ao Senado, mas o Republicanos, comandado pelo deputado federal Marcos Pereira, bispo licenciado da Universal, posicionou-se contra a ideia. O partido da igreja estava na coligação que reelegeu Cláudio Castro ao Palácio Guanabara, e que teve o senador Romário como candidato a buscar mais oito anos de mandato em Brasília.

Crivella foi senador entre 2002 e 2016, ano em que deixou o posto para se candidatar à Prefeitura do Rio. Nas duas vezes em que escolheu tentar uma vaga no Senado, enfrentou resistência da Igreja Universal, que sempre preferiu tê-lo como candidato a deputado para puxar votos e eleger outros colegas de partido. Em 2022, Crivella recebeu 110 mil votos e se elegeu para a Câmara.

O deputado tem adotado gestos sinalizando boa relação com a cúpula da Universal. Há duas semanas, fez discurso e cantou em um evento da igreja em um Maracanã lotado de fieis. Em março, saiu em defesa de Marcos Pereira após o pastor Silas Malafaia chamá-lo de “cretino” por não se posicionar a favor do projeto de lei da anistia aos acusados de participar dos atos de 8 de janeiro.

• “A Lista da Minha Vida”

O filme da Netflix é uma boa pedida água com açúcar para quem quer um entretenimento leve. Está entre os conteúdos mais consumidos no ano na plataforma de streaming. Na história, a mãe da protagonista Alex Rose morre, e impõe uma condição para a filha acessar a sua herança: completar uma lista de desejos que fez na infância. Tem de tudo por lá.

As tarefas variam entre atividades simples, como fazer uma tatuagem e ler o clássico Moby Dick, até desafios como reconciliar-se com o pai e retomar a profissão de professora, que ela havia abandonado. Mas o maior desafio talvez seja o último item da lista: encontrar o verdadeiro amor. E aí nada mais falarei para não dar spoiler.

Neymar e seu pai tentaram censurar o podcast produzido pelo Uol e acabaram não sendo bem-sucedidos. O juiz Eduardo Hipolito Haddad, da Justiça de Santos, vetou o pedido para interromper a divulgação dos episódios, e dois já foram ao ar desde 22 de abril.

No programa lançado essa semana, repercutiu a revelação de que o pai de Neymar embolsou 40 milhões de euros, apesar de o valor oficial da venda ter sido de 17,1 milhões de euros. Parte do dinheiro foi recebido antes da final do Mundial de Clubes entre Barcelona e São Paulo.

Com narração de Juca Kfouri, o podcast ainda terá mais quatro episódios.

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