O Papa Leão XIV comemorou 70 anos de idade neste domingo, com uma oração na Praça de São Pedro e um coro de “parabéns para você” entoado pelos milhares de fiéis que lotaram o Vaticano. Em meio à lembrança pela data, que não teve celebrações especiais, o Papa reconheceu, em sua primeira entrevista desde que assumiu o comando da Igreja Católica, que há uma “imensa curva de aprendizado” diante de si.
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Ao final da oração do Angelus, Leão XIV se dirigiu aos fieis, que levavam faixas e cartazes o parabenizando pelos 70 anos.
— Meus queridos, parece que vocês sabem que completo 70 anos hoje — disse. Agradeço ao Senhor, aos meus pais e a todos que se lembraram de mim em suas orações.
Papa Leão XIV comemora 70 anos com parabéns na Praça de São Pedro
Muitos começaram a cantar parabéns. Segundo o Vaticano, o Papa recebeu mensagens vindas de todo o mundo, em especial desenhos de pacientes de um hospital infantil em Roma, visitado por ele no mês passado Uma das mensagens dizia para que não se preocupasse, porque as crianças “tomariam conta de tudo”, e estava acompanhada por um desenho de uma bandeira branca e uma pomba branca da paz.
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Se não houve uma festa especial para Leão XIV, o domingo foi reservado para a publicação da sua primeira entrevista como chefe da Igreja Católica. Em conversa com Elise Ann Allen, correspondente para o Vaticano do site Crux, ele reconheceu que há uma “imensa curva de aprendizado” diante de si, e comparou seu momento no posto a ser jogado, sem aviso prévio, na parte funda de uma piscina.
— O aspecto totalmente novo deste trabalho é ser alçado ao nível de líder mundial — afirmou Leão XIV. — Estou aprendendo muito e me sentindo muito desafiado, mas não sobrecarregado.
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Na conversa, ele falou sobre a necessidade de trabalhar junto aos pobres, disse que uma das prioridades hoje no mundo é a construção de pontes para amenizar o quadro de polarização política, e ressaltou o papel da Santa Sé como uma força diplomática, embora reconhecendo suas limitações. Uma dela, afirmou, é vista na guerra na Ucrânia, onde o Vaticano, à época sob Francisco, buscou um papel de mediação do conflito: para ele, é necessário fazer uma distinção entre “defender a paz e uma função de mediador”.
— Acho que as pessoas ouviram os diferentes apelos que fiz para levantar a minha voz, a voz dos cristãos e das pessoas de boa vontade, dizendo que a paz é a única resposta — disse ao site Crux. — A matança inútil de pessoas de ambos os lados após esses anos, naquele conflito em particular, mas em outros conflitos, acho que as pessoas precisam, de alguma forma, ser despertadas para dizer que há outra maneira de fazer isso.