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Polvo é flagrado ‘pegando carona’ em tubarão na Nova Zelândia

BRCOM by BRCOM
março 21, 2025
in News
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Polvo pega carona em tubarão — Foto: Esther Stuck e Wednesday Davis, Universidade de Auckland

Ao avistar um tubarão-mako no Golfo de Hauraki, na Nova Zelândia, a ecóloga marinha Rochelle Constantine, da Universidade de Auckland, ficou intrigada. O animal exibia uma curiosa massa de cor marrom-alaranjada sobre a cabeça.

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“No começo, pensei: ‘Isso é uma boia?’”, disse a Dra. Constantine. “‘Ele está enroscado em equipamentos de pesca ou sofreu uma mordida grande?’”

A técnica Wednesday Davis lançou um drone para obter uma visão mais próxima do tubarão de aproximadamente três metros. Enquanto isso, sua colega Esther Stuck posicionou uma câmera na água para registrar imagens subaquáticas. “Foi quando vimos os tentáculos se movendo”, contou a Dra. Constantine.

Seus olhos não a enganavam: um polvo estava sobre o tubarão. A equipe apelidou a cena inusitada de “sharktopus” e afirmou que foi um dos fenômenos mais estranhos que já presenciaram no oceano.

Os pesquisadores identificaram o passageiro de oito braços como um polvo maori. Esses cefalópodes robustos podem atingir dois metros de comprimento e pesar cerca de 12 quilos, sendo os maiores polvos do Hemisfério Sul. Mesmo sobre um predador imponente como o tubarão-mako de nadadeiras curtas, o intruso ocupava bastante espaço.

“Ele tomou uma boa parte da cabeça do tubarão”, disse a Dra. Constantine sobre o encontro, registrado durante uma expedição de campo para estudar a vida marinha e as aves em dezembro de 2023.

Acomodando seus tentáculos em um formato compacto, o polvo parecia tentar passar despercebido. No entanto, ele não se agarrava firmemente ao tubarão “como alguém segurando um barco inflável à deriva”, brincou a pesquisadora. “De tempos em tempos, víamos um tentáculo se recolhendo.”

Embora o tubarão possivelmente não conseguisse enxergar seu passageiro clandestino, certamente estava ciente da presença dele. Isso porque tubarões possuem órgãos sensoriais chamados linhas laterais ao longo do corpo, que os ajudam a perceber o ambiente ao redor.

Polvo pega carona em tubarão — Foto: Esther Stuck e Wednesday Davis, Universidade de Auckland

Tubarões e baleias frequentemente atraem peixes-piloto, que se prendem a eles para proteção e para remover pele morta e parasitas. Os makos são conhecidos por saltar para fora da água, e alguns pesquisadores especulam que esse comportamento pode servir para se livrar de companheiros indesejados. Entretanto, esse tubarão parecia indiferente à presença do polvo.

“O tubarão parecia satisfeito, e o polvo também”, disse a Dra. Constantine. “Era uma cena muito tranquila.”

Os makos de nadadeiras curtas são os tubarões mais rápidos do mundo, atingindo velocidades de até 74 km/h. “Assim que o tubarão acelerasse, o polvo provavelmente não conseguiria se segurar”, explicou a cientista.

Mas qual foi o desfecho desse encontro improvável? “Não temos ideia do que aconteceu depois”, admitiu. Se o polvo caiu, o tubarão pode tê-lo devorado. No entanto, como as águas eram rasas — entre 30 e 40 metros de profundidade —, há uma chance de que o polvo tenha conseguido pousar em segurança no fundo do mar.

O maior mistério, no entanto, é como esses animais se encontraram. Polvos maori vivem no fundo do oceano, enquanto tubarões-mako podem nadar a mais de 300 metros de profundidade, mas raramente frequentam o leito marinho. “Não faz sentido que esses dois animais estivessem no mesmo lugar e ao mesmo tempo”, afirmou a Dra. Constantine. “Não temos ideia de como eles se encontraram.”

Para Abigail McQuatters-Gollop, professora associada de conservação marinha na Universidade de Plymouth, na Inglaterra, que não participou da pesquisa, a questão pode ser irrelevante. “É quase impossível especular como ou por que esse tubarão e esse polvo se encontraram, ou qual a natureza da interação entre eles”, disse. “Mas isso importa?”

Embora o fenômeno seja fascinante, a Dra. McQuatters-Gollop acredita que o episódio é um lembrete de quanto ainda há para descobrir sobre os oceanos e da importância de preservá-los. “O ambiente natural é um lugar onde coisas extraordinárias acontecem a todo instante”, concluiu.

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