O casamento da ex-participante de “A Grande Conquista”, Ana Paula Oliveira, de 50 anos, com um homem 17 anos mais jovem, expôs como o etarismo digital continua a reforçar preconceitos de gênero, transformando escolhas pessoais em alvo dos olhares e julgamentos da opinião pública.
- Confira: Virgínia Fonseca e Vini Jr. viram assunto nas redes após comentário de Éder Militão viralizar
- Veja: Zé Felipe usa casaco com rosto de Ana Castela e gesto repercute entre fãs e famosos
Desde que oficializou a união, Ana Paula voltou a ser alvo de comentários nas redes sociais. “As pessoas parecem ter dificuldade em aceitar que mulheres mais velhas também podem ser amadas e felizes, e isso diz muito mais sobre a sociedade do que sobre mim”, afirmou.
Para ela, o duplo padrão é evidente. “Quando um homem de 60 aparece com uma mulher de 30, isso é tratado como charme, conquista. Quando é uma mulher que se casa com alguém mais novo, como eu fiz, parece que o amor precisa de justificativa. Eu não vejo ninguém cobrando explicações dos homens, mas comigo o julgamento foi imediato”, desabafou.
Ana Paula também observou que o ambiente virtual amplifica esse tipo de preconceito. “Já li coisas como ‘quer ser jovem à força’ ou ‘está se aproveitando do rapaz’. São comentários que tentam me diminuir, mas revelam muito mais sobre o etarismo digital do que sobre a minha relação. Eu não preciso provar nada para ninguém”, afirmou.
O caso dela ilustra como decisões íntimas, especialmente quando tomadas por mulheres, ainda são tratadas como pauta pública. “Casar novamente, aos 50 anos, com um homem mais jovem, deveria ser apenas uma escolha da minha vida. Mas, no ambiente digital, isso vira combustível para ataques. É como se a autonomia da mulher ainda fosse vista como ameaça”, refletiu.
Apesar das críticas, Ana Paula prefere enxergar a relação como uma forma de desafiar expectativas e quebrar padrões sociais. “Eu não vou deixar que a minha idade defina os meus sentimentos. Amar é uma escolha, e eu escolhi viver sem medo do julgamento. Se a minha história incomoda, é porque ainda temos muito a avançar como sociedade”, concluiu.