Ligado ao menos a 37 empresas, o empresário Valério Valdrighi, de 67 anos, foi sequestrado enquanto deixava a instituição financeira da qual é proprietário em Tatuí, interior de São Paulo, na última sexta-feira. Ele foi abordado no meio da rua por homens encapuzados que portavam fuzis e até coletes à prova de balas, e estava segurando uma mala. O empresário também atua no ramo imobiliário, do agronegócio e de tecnologia. No entanto, sua empresa mais recente, que está ativa há pouco mais de um ano, possui um foco distinto: o comércio atacadista de joias, relógios, bijuterias e pedras preciosas. A polícia investiga o caso, mas o que havia dentro da mala ainda não foi divulgado.
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Na mesma noite, a esposa do empresário também foi raptada, mas liberada horas depois. Valdrighi foi encontrado no dia seguinte na cidade de Valinhos, que fica a cerca de 130 quilômetros de distância do local onde ocorreu o crime. Segundo apuração do GLOBO, entre as 37 empresas com as quais está vinculado, a maioria é do ramo financeiro, como a ValeCred, da qual estava saindo quando foi sequestrado. O empreendimento oferece crédito a pequenas e médias empresas.
Em imagens do circuito interno de estabelecimentos vizinhos, é possível ver o momento da abordagem. Quando saía do local, o empresário foi surpreendido por uma Fiat Ducato branca, que se aproximou e parou ao seu lado. Ele logo percebeu e tentou correr para fugir, mas foi perseguido por dois homens, que saíram da van encapuzados, portando fuzis e coletes à prova de balas.
Quando foi alcançado, um outro carro, um Mitsubishi ASX preto, chegou com mais criminosos. Do carro, um homem para saiu para pegar a mala que estava com Valdrighi. Além dos motoristas dos dois veículos, é possível ver ao menos seis homens participando da ação para raptar o empresário, também com armas de grosso calibre e com uniformes semelhantes aos de policiais federais.
Empresário é sequestrado no meio da rua ao sair de instituição financeira da qual é proprietário no interior de São Paulo
A Delegacia de Investigações Gerais de Itapetininga (DIG), no interior paulista, instaurou inquérito para investigar o caso. O empresário e outras testemunhas já prestaram depoimento e, de acordo com a polícia, imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para identificar os envolvidos.
