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O vídeo, que aparenta ter sido gravado com um drone militar, mostra um grupo reunido em local não identificado. Segundos depois, há uma grande explosão, e a câmera revela uma grande cratera, sem que seja possível identificar possíveis vítimas ou danos aos veículos próximos. Não foi possível confirmar a autenticidade do vídeo de forma independente.
“Esses houthis se reuniram para instruções sobre um ataque. Oops, não haverá ataque dos houthis!”, escreveu Trump em suas redes sociais X e Truth Social, onde divulgou as imagens. “Eles nunca mais afundarão nossos navios!”
Trump divulga suposto vídeo de ataque no Iêmen
Nas últimas semanas, os EUA intensificaram os ataques contra posições da milícia, aliada do Irã e responsável pelo lançamento de mísseis e drones contra Israel, além de ações contra os navios que trafegam pelo Estreito de Áden, na entrada do Mar Vermelho. Segundo o grupo, que controla parte do território iemenita, os ataques são em solidariedade ao grupo terrorista Hamas, que trava um violento conflito na Faixa de Gaza — os houthis ainda afirmam que suspenderão os ataques caso haja um cessar-fogo no enclave, e reconheceram um número considerável de baixas nas últimas semanas.
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Na quarta-feira, o governo americano anunciou que enviará ao Oriente Médio um segundo porta-aviões, o USS Carl Vinson, como forma de apoiar a ofensiva contra os houthis e para fortalecer as posições americanas diante do aumento das tensões com o Irã.
Um desses ataques, em meados de março, serviu de pano de fundo para uma das maiores crises internas do governo Trump. Em reportagem publicada na revista The Atlantic, o jornalista Jeffrey Goldberg, desafeto do presidente, disse ter sido incluído por engano em um grupo no aplicativo de mensagens Signal destinado a discutir os detalhes de um bombardeio contra posições dos houthis.
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Além de Goldberg, o grupo tinha membros do primeiro escalão do governo, como o Conselheiro de Segurança Nacional, Michael Waltz, responsável por inadvertidamente incluir o jornalista, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, e o vice-presidente J.D. Vance. Ali foram mostradas informações sigilosas sobre a ação, ocorrida no dia 15 de março, incluindo os armamentos que seriam utilizados, além dos alvos previstos em solo.
Inicialmente, as autoridades tentaram negar o relato, mas posteriormente corroboraram o que foi publicado pela The Atlantic, embora negassem que as informações apresentadas fossem sigilosas. Na quinta-feira, o inspetor-geral do Pentágono anunciou a abertura de uma investigação sobre o incidente.
“O objetivo desta avaliação é determinar até que ponto o Secretário de Defesa e outros funcionários do DoD cumpriram com as políticas e procedimentos do Departamento de Defesa para o uso de um aplicativo de mensagens comerciais para negócios oficiais”, escreveu Steven Stebbins, o inspetor-geral interino do Pentágono, em comunicado. “Além disso, revisaremos a conformidade com os requisitos de classificação e retenção de registros.”