- Refém que ‘cavou própria cova’ reencontra amigos e é festejado na volta a Israel: ‘Evyatar, você é um rei!’
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David ficou conhecido mundialmente após aparecer em um vídeo divulgado pelo grupo terrorista em agosto, no qual era forçado a cavar a própria cova em meio a um túnel subterrâneo, extremamente magro e debilitado.
Na gravação, ele dizia: “O que estou cavando é a minha própria cova. O tempo está se esgotando”. A filmagem gerou comoção e revolta em Israel, além de denúncias de organizações de direitos humanos que classificaram o vídeo como crime de guerra, por ter sido feito sob coação extrema.
Refém que ‘cavou a própria cova’ reencontra amigos e familiares
O jovem foi capturado durante o ataque ao festival Nova, no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023 — episódio que marcou o início da guerra entre Israel e o Hamas e deixou cerca de 1.200 mortos. Ele estava ao lado do amigo de infância Guy Gilboa Dalal, também de 24 anos, ambos sequestrados e submetidos a abusos no cativeiro.
A família de Evyatar relatou, à época, que o rapaz havia se tornado “um esqueleto vivo, enterrado nos túneis do Hamas”. Antes de ser sequestrado, ele trabalhava em um café e juntava dinheiro para viagens, enquanto Dalal atuava como técnico de informática e sonhava em conhecer o Japão.
Na noite de segunda-feira, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e sua esposa, Sara Netanyahu, visitaram os reféns libertados no Hospital Beilinson, em Tel Aviv. Entre eles estavam Avinatan Or, Alon Ohel, Guy Gilboa Dalal, Evyatar David e Eitan Mor.
— Eu prometi trazê-los de volta — e nós os trouxemos de volta. Com a mesma determinação, estamos trabalhando pela devolução dos que tombaram; não pouparemos esforços nem meios para trazê-los de volta — declarou Netanyahu, durante o encontro.
Após 738 dias em cativeiro, a libertação de David e de outros reféns ocorreu dentro do acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que também prevê a libertação de quase 2 mil prisioneiros palestinos. O pacto foi anunciado simultaneamente à viagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Oriente Médio, em que proclamou “o fim da guerra em Gaza” e defendeu uma nova fase de paz regional.