A vereadora de Campinas Mariana Conti (PSOL), detida por Israel durante a missão rumo a Gaza, afirmou em carta manuscrita enviada à família que está “bem, na medida do possível”. No breve texto, a parlamentar diz que “estamos fortes e unidas” e que “logo estarei com vocês” (veja a íntegra ao final).
O recado foi recebido no início desta tarde por familiares de Mariana. À coluna, sua mãe Mara Conti afirma que as informações repassadas pela embaixada brasileira em Tel Aviv são “muito vagas” e está há mais de 72 horas sem notícias da deportação mesmo com todos os requisitos cumpridos.
- Em destaque: Lula lança em SP, ‘o palco do outro’, um dos seus mais ambiciosos programas sociais
- De mudança: Carlos Bolsonaro prepara renúncia da Câmara do Rio para se dedicar a campanha em SC
A parlamentar está entre os 14 brasileiros que participaram da flotilha internacional interceptada pela Marinha israelense na semana passada. De acordo com a última atualização do Itamaraty, todos estavam em boas condições de saúde.
Segundo Mara, o último contato direto com a filha ocorreu na véspera da detenção. Na conversa, Mariana havia dito que o grupo tinha feito um treinamento prévio e jogaria os celulares no mar, caso fosse interceptado.
- Tarcísio articula contra MP 1303 e alerta Centrão sobre efeito eleitoral favorável a Lula
Até a carta escrita por ela, as notícias sobre a vereadora tinham sido dadas por terceiros, incluindo detidos já liberados por Israel. Mara aponta que há discriminação:
— A gente vê que latinos e africanos ainda estão lá, enquanto europeus estão em casa. Isso aumenta nossa ansiedade. Queremos saber por que os brasileiros estão sendo discriminados. E outra coisa que está nos afligindo é o silencio do presidente Lula. Presidente de outros países se pronunciaram, e os ativistas foram liberados.
O Itamaraty fez segunda-feira uma nova visita ao grupo no centro de detenção em Ketziot, onde os brasileiros estão detidos.