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Axolotes se espalham pelo mundo como ‘pets’, chegam ao Rio, mas estão ameaçados de extinção em seu habitat natural, no México

BRCOM by BRCOM
outubro 4, 2025
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A Reserva de Proteção do Achoque, espécie prima do Axolote, às margens do Lago Pátzcuaro — Foto: Enrique Castro / AFP

Populares entre os mexicanos, e ao redor do mundo, os axolotes ganharam fama com seu rosto amigável e sua boca voltada para cima, como se estivesse sorrindo. Ameaçado de extinção na natureza, em seu único habitat, o Lago Xochimilco, ele foi levado a outros países, para se reproduzir como um animal de estimação. Hoje, o axolote pode ser encontrado ao redor de todo o mundo, inclusive no BioParque do Rio.

  • ‘Reino dos Axolotes’: BioParque do Rio inaugura espaço dedicado à espécie símbolo da conservação mexicana

Anfíbios, assim como sapos e rãs, põem seus ovos gelatinosos na água, que eclodem em estado de larva, que vivem estritamente na água. A maior parte dos anfíbios, quando atingem a idade adulta, são capazes de se deslocar para terra. Uma vez que respiram, em parte, absorvendo oxigênio através da sua pele úmida, tendem a permanecer perto da água. Os axolotes, no entanto, nunca completam a metamorfose para uma forma adulta terrestre, permanecendo em uma fase juvenil, adolescente, e passam toda a sua vida na água.

Axolote é uma palavra do Nahuatl, a língua indígena mexicana falada pelos astecas e por cerca de 1,5 milhões de pessoas atualmente. O nome dos animais deve-se ao deus asteca Xolotl, que se dizia transformar-se numa salamandra. A pronúncia original em Nahuatl é “AH-chou-LOUT”. O axolote está “criticamente ameaçado”, segundo a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), devido à pesca excessiva, à poluição e à extração de água do lago, seu habitat natural, ao sul da Cidade do México.

Uma das caraterísticas do aspecto eternamente jovem dos axolotes é as suas guelras externas, que os ajudam a respirar na água. Uma hipótese para seu desenvolvimento incompleto é que o ambiente no Lago Xochimilco tinha recursos suficientes para as salamandras. Este habitat, com 10 quilômetros quadrados, é um corpo de água único, uma bacia de drenagem natural com água ligeiramente salgada.

A Reserva de Proteção do Achoque, espécie prima do Axolote, às margens do Lago Pátzcuaro — Foto: Enrique Castro / AFP

O axolote pertence ao gênero Ambystoma, estudado pela ciência devido à sua extraordinária capacidade de regenerar membros mutilados e partes de órgãos como o cérebro e o coração. Em 2021, passou a estampar as notas de 50 pesos mexicanos.

Com o crescimento e a industrialização da Cidade do México, a necessidade de água trouxe bombas e canos para o lago, poluindo o local. Para agravar os problemas, espécies invasoras de peixes, como a carpa e a tilápia, foram introduzidas no lago, onde se alimentam de ovos de axolote. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, restam menos de 100 animais da espécie adultos na natureza, sendo considerados criticamente ameaçados de extinção.

Embora os axolotes selvagens do Lago Xochimilco tenham diminuído até a quase extinção, foram criados inúmeros axolotes para laboratórios científicos e para o comércio de animais de estimação. Em 1864, um oficial do exército francês trouxe axolotes vivos para a Europa, onde se adaptaram e foram capazes de se reproduzir.

A maioria dos axolotes selvagens é de um castanho escuro acinzentado. As famosas axolotes cor-de-rosa, bem como outras variantes de cor como o branco, o azul, o amarelo e o preto, são anomalias genéticas que são raras na natureza, mas criadas seletivamente para o comércio de animais de estimação.

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  • Reino dos Axolotes no BioParque do Rio
      • Axolotes se espalham pelo mundo como ‘pets’, chegam ao Rio, mas estão ameaçados de extinção em seu habitat natural, no México

Reino dos Axolotes no BioParque do Rio

Axolotes foram resgatados do tráfico — Foto: Divulgação
Axolotes foram resgatados do tráfico — Foto: Divulgação

Inaugura neste sábado (4), no BioParque do Rio, um espaço inédito dedicado a um dos animais mais fascinantes e enigmáticos do planeta. Vindos do México e cercados por mitos ancestrais, os axolotes vivem agora em uma ambientação que une ciência, cultura e conservação, convidando o público a conhecer sua história de sobrevivência e transformação.

Segundo a coluna Ancelmo Gois, o espaço propõe uma travessia simbólica entre mito e ciência, com referências ao Día de Muertos e aos canais de Xochimilco, habitat natural da espécie. Recursos lúdicos ajudam a contar a trajetória desses anfíbios que respiram por guelras externas e mantêm características larvais mesmo na fase adulta.

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