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Juro alto e Bolsa barata atraem capital estrangeiro para o Brasil e derrubam dólar. Entenda

BRCOM by BRCOM
março 20, 2025
in News
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Investimentos de estrangeiros na Bolsa em 2025 registram superávit de R$ 13,16 bilhões — Foto: Arte O Globo

O dólar comercial registrou ontem sua sétima queda consecutiva, recuando 0,43%, a R$ 5,647, o menor patamar desde 14 de outubro do ano passado. A perspectiva de maior diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, após a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) de manter a taxa no país, beneficiou o real.

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O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa brasileira, se manteve no embalo do apetite por risco e subiu 0,73%, aos 132.508 pontos, renovando a máxima do ano.

O Fed manteve o juro básico entre 4,25% e 4,5%. A decisão já era esperada pelo mercado, mas o BC americano apontou, em suas projeções para o ano, um corte de 0,50 ponto percentual, o que ajudou a animar o mercado brasileiro, segundo Paula Zogbi, gerente de research da Nomad.

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A perspectiva de juros mais baixos nos EUA e mais altos no Brasil, com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic a 14,25% ao ano, ajuda o real.

— O cenário torna os investimentos em títulos brasileiros mais atrativos para investidores estrangeiros, devido ao potencial de retornos mais elevados. A entrada de capital estrangeiro tende a fortalecer o real em relação ao dólar — disse Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.

A recuperação do valor do real frente ao dólar neste início de ano também tem tido a ajuda da entrada dos estrangeiros no mercado de ações brasileiro, explica Marcelo Okura, chefe da corretora do UBS BB. No acumulado de 2025, a entrada de recursos estrangeiros registra superávit de R$ 13,16 bilhões em investimentos no segmento de ações listadas da B3.

Investimentos de estrangeiros na Bolsa em 2025 registram superávit de R$ 13,16 bilhões — Foto: Arte O Globo

No ano passado, o saldo de investimento estrangeiro na Bolsa ficou negativo em R$ 32,1 bilhões.

— A diferença no nível do dólar no fim do ano passado para o que está agora fez com que o mercado tivesse uma acomodação num nível mais convidativo. Quem fez esse movimento do dólar? Foram estrangeiros. Eles que venderam dólar e fizeram esse movimento da moeda. Quando o dólar cai, a taxa de juros também acaba caindo e isso faz com que a Bolsa fique mais atrativa — avalia Okura.

Para Fernando Breacini, analista de investimentos do AndBank, o ponto de virada da visão do estrangeiro sobre o Brasil foi a venda da participação da Cosan na Vale. Ele explica que a mineradora é muito atraente para o investidor estrangeiro, por ser uma empresa sólida, com receita atrelada a diversos mercados internacionais e que paga bons proventos.

A onda estrangeira na Bolsa brasileira também passa pela política comercial do presidente americano, Donald Trump. Okura, do UBS BB, afirma que a atuação “instável e inquieta” do republicano em relação às tarifas tem se refletido na queda das Bolsas americanas. Em 2025, o S&P 500 — índice que reúne as 500 maiores empresas dos EUA — acumula perdas de 3,51%.

— Em função disso, temos visto alguma migração de fluxos de ativos das bolsas americanas para mercados emergentes, e o Brasil tem se beneficiado um pouco deste movimento — disse Okura, acrescentando que também há saída do investidor estrangeiro de outros mercados emergentes para investir no Brasil.

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  • ‘Cedo para comemorar’
      • Juro alto e Bolsa barata atraem capital estrangeiro para o Brasil e derrubam dólar. Entenda

‘Cedo para comemorar’

Segundo o analista, China e Índia são dois mercados com saídas de capital estrangeiro para o Brasil:

— China por conta da discussão de tarifas (de Trump) e Índia porque os últimos dados mostraram um crescimento um pouco menor, mais devagar e com uma desaceleração dos ganhos das empresas.

  • Pesquisa: O que pensa o mercado financeiro brasileiro sobre o governo Trump e suas tarifas

Apesar dos bons ares deste primeiro trimestre, Okura considera que ainda não há evidências suficientes para dizer que o cenário macroeconômico mudou:

— Ainda é cedo para a gente comemorar.

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