O que deveria ser um momento de lazer ao lado do marido terminou em frustração para a influenciadora e ativista Andrea Schwarz. Ela usou as redes sociais no último domingo (13) para relatar o episódio de discriminação que vivenciou em um dos restaurantes mais sofisticados da capital paulista: o L40 Cozinha de Latitude, localizado no 40º andar de um hotel de alto padrão.
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Segundo Andrea, ao chegar ao local com reserva previamente confirmada, foi informada pela hostess que só havia mesas altas disponíveis, mesmo com diversas mesas acessíveis aparentemente desocupadas no salão. “Foi um não frio, inflexível, sem olhar além da cadeira de rodas. Faltou sensibilidade, não espaço”, escreveu em seu perfil no Instagram, onde compartilhou o ocorrido.
A influenciadora destacou que estava produzida e animada para curtir um jantar romântico. No entanto, o que se seguiu foi, segundo ela, uma verdadeira lição sobre a ausência de empatia e o longo caminho que ainda resta para uma sociedade inclusiva.
A única alternativa oferecida pelo restaurante, de acordo com Andrea, foi uma mesa improvisada do lado externo do local, em uma noite de frio intenso, sem qualquer estrutura adequada para recebê-la. “Era impossível permanecer ali. Fomos embora”, contou.
Conhecida por sua atuação em prol da acessibilidade e inclusão, Andrea acumula uma trajetória pública marcada pela defesa dos direitos das pessoas com deficiência. Em sua publicação, ela reforçou que a denúncia não é apenas sobre sua condição física, mas sobre a falta de humanidade em situações cotidianas.
“Não existe luxo onde falta empatia. Acessibilidade não é um favor, é um direito garantido por lei”, concluiu.
Até o momento da publicação desta matéria, o restaurante L40 não havia se manifestado publicamente sobre o caso.
Andrea compartilha com os seguidores não apenas a rotina, mas também reflexões profundas sobre acessibilidade, empatia e direitos das pessoas com deficiência. Em um de seus vídeos, ela relembra o momento que mudou sua vida por completo.
Foi em 1998, aos 22 anos, que Andrea se tornou paraplégica. Segundo ela, tudo começou com um episódio aparentemente inexplicável: enquanto estava em pé, perdeu o equilíbrio e caiu. Antes disso, já havia sentido sinais de alerta, como a perda de sensibilidade e uma sensação de fraqueza nas pernas.
Após exames, veio o diagnóstico: uma rara má-formação congênita na medula espinhal. Diante do quadro, os médicos apresentaram duas possibilidades, submeter-se a uma cirurgia arriscada, com chance de perda total dos movimentos, ou não operar e torcer por uma recuperação espontânea. Andrea escolheu enfrentar o procedimento, que resultou na perda dos movimentos das pernas.
Desde então, ela transformou sua experiência em missão. Hoje, é uma das vozes mais ativas na luta por uma sociedade mais inclusiva e acessível, utilizando sua visibilidade para denunciar barreiras, físicas, sociais e institucionais, que pessoas com deficiência enfrentam diariamente.