Dois bois, um cavalo e 18 gatos: essa lista de animais foi resgatada no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, nesta semana. A ação foi realizada pela Secretaria municipal de Proteção e Defesa dos Animais (SMPDA), com apoio da Secretaria estadual de Administração Penitenciária (Seap). Os animais foram encaminhados para o Centro de Controle de Zoonoses, em Santa Cruz, e a Fazenda Modelo, em Guaratiba, ambas na Zona Oeste.
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A captura dos bois e do cavalo fez parte de uma operação de combate a ocupações irregulares e abandono de animais, informa a Seap. No fim de março, por exemplo, 19 demolições foram realizadas, em construções que tinham sido erguidas a 250 metros da unidade prisional. Segundo a SMPDA, esses animais se espalharam no terreno quando o muro de uma das casas da invasão foi derrubado.
Nesta terça-feira, o dono dos bois se apresentou no Centro de Controle de Zoonoses, pagou taxas e retirou seus animais.
Já os gatos foram resgatados no Instituto Penal Benjamin de Moraes Filho. De acordo com Luiz Ramos Filho, titular da Secretaria de Defesa dos Animais, filhotes de gatos tinha infecção nos olhos, alguns chegaram a perder a visão.
— Sabemos que muitos animais vivem no complexo, que é praticamente uma cidade. Vamos levantar o número para fazer o controle populacional. Depois agendaremos uma campanha de vacinação antirrábica. Muitos desses animais têm contato com as pessoas que habitam o complexo, até mesmo com os presos. E a raiva pode ser transmitida para os seres humanos e mata. A prevenção é indispensável — afirmou Luiz Ramos.
A Seap, por sua vez, afirma que “reforça seu compromisso com a segurança e a legalidade no entorno das unidades prisionais do estado”.

