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Título do Brasil na Americup dá moral e ainda mais casca a grande geração no basquete; leia análise

BRCOM by BRCOM
setembro 1, 2025
in News
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Quinteto ideal da Americup — Foto: FIBA

Há quatro anos, o basquete brasileiro masculino vivia a grande frustração de ficar de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, ausência que quebrou uma sequência de duas vagas olímpicas. No elenco que disputou a final daquele Pré-Olímpico de Split, contra a Alemanha, estavam Yago, Georginho, Lucas Dias, Vitor Benite e Bruno Caboclo. Foram justamente eles que assumiram o protagonismo no título da Americup (a Copa América de Basquete), conquistado neste domingo com vitória sobre a Argentina (55 a 47). Troféu que traz moral e ainda mais casca competitiva para uma grande geração, que pode dar ainda mais alegrias aos torcedores da modalidade.

Os últimos quatro anos foram de renovação. Saíram grandes e experientes nomes como Anderson Varejão e Alex, enquanto Marcelinho Huertas seguiu para seus últimos anos pela seleção (ele se aposentaria após os Jogos de Paris) e a nova geração cresceu em espaço e rendimento. Na Americup de 2022, com uma equipe em nítida fase de transição sob o comando de Gustavo de Conti, o título escapou na final, contra os mesmos argentinos.

No ano seguinte, veio a Copa do Mundo. O sorteio não foi feliz para a seleção, que já na primeira fase encarou a Espanha, potência da modalidade. Na segunda fase, em grupo ainda mais difícil, com Canadá e Letônia, a dupla Yago e Caboclo comandou uma surpreendente vitória por 69 a 65 sobre os canadenses, time que tinha Shai Gilgeous-Alexander, campeão e atual MVP (melhor jogador) da NBA.

O armador e o pivô, que terminaram a Americup deste ano integrando o quinteto ideal — com Yago como MVP — se tornaram os ponteiros competitivos do Brasil. Ganharam projeção e chegaram a ser cogitados na NBA (no caso de Caboclo, seria uma volta à liga). Se não foram ao basquete americano, seguiram o alto nível da carreira nas também ultracompetitivas quadras da Europa: nos últimos anos, Yago defendeu o Estrela Vermelha-SER, enquanto Bruno atua pelo Hapoel Tel Aviv-ISR.

Quinteto ideal da Americup — Foto: FIBA

O basquete de seleções, porém, tem caminhos sinuosos e vagas escassas. No ano passado, o Brasil precisou voltar a um Pré-Olímpico para ir aos Jogos de Paris. Sem Gustavo de Conti, a aposta da Confederação Brasileira de Basquete foi pela volta de Aleksandar Petrovic, comandante do torneio em Split. O croata saiu da aposentadoria e ajudou a seleção a exorcizar o fantasma em Riga, na Letônia. A seleção se vingou dos donos da casa em jogo de 21 pontos de Caboclo. Na Olimpíada, torneio com 12 seleções que torna praticamente impossível escapar de pedreiras, o time teve dificuldades no grupo com os donos da casa e a campeã mundial Alemanha, mas avançou com vitória sobre o Japão. Fez jogo competitivo, mas não resistiu à mais forte seleção dos Estados Unidos desde o “Dream Team” de Barcelona-1992 no mata-mata.

Os americanos, ainda que obviamente sem atletas da NBA e com um time completamente alternativo, foram os rivais na semifinal desta Americup, em confronto sempre desafiante — que terminou com uma virada espetacular no último quarto, de parcial 34 a 9 para o Brasil. Brilhou a estrela de Yago, com 25 pontos e incríveis 12 assistências na partida, e de Caboclo, com 20 pontos e 9 rebotes. Na revanche com os hermanos na decisão, em partida física e de contenção defensiva, a dupla voltou a liderar, com 14 e 11 pontos, respectivamente.

Caboclo em ação na final — Foto: FIBA
Caboclo em ação na final — Foto: FIBA

Yago em ação na semifinal — Foto: FIBA
Yago em ação na semifinal — Foto: FIBA

Yago, de 26 anos, e Caboclo, de 29, seguem com muita lenha para queimar na sequência do ciclo até Los Angeles-2028. Junto a eles, nomes como Lucas Dias (30 anos), Georginho (29), Mãozinha (25), além de Léo Meindl (32) e Gui Santos (23), que não disputaram a competição, têm tudo para formar uma espinha dorsal e manter o Brasil muito competitivo dos próximos anos. É claro que ainda é difícil competir com as grandes potências, mas é chegando longe em torneios internacionais e encerrando jejuns como o de 16 anos sem conquistar a Americup que se constrói uma geração e uma mentalidade vencedora. Afinal, basta estar um ponto à frente no estouro do cronômetro.

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